Agapornis, criação e
manutenção
em cativeiro
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Por
lucas von rondon
Este artigo tem a intenção de
ajudar o
pequeno
criador a conhecer estes maravilhosos
pequenos
papagaios, originários de
África. Este género é constituido por 6
espécies e 10 subespécies .
Os mais vulgares em cativeiro são
Agapornis roseicollis, na
subespécie nominal, e A.
personatus personatusem igualdade
de efectivos com o A. personatus
fischeri, num terceiro lugar vem A.
personatus nigrigenise,
embora sejam pouco
frequentes em Portugal,
encontram-se também alguns A.
taranta, A. cana sp. Mais dificeis ainda de encontrar
são a
subespécie do Personata: A. personatus
lilianeque deve ser sem dúvida um
dos grandes mistérios da
criação
de Psitacideos. Com efeito,
tendo
em atenção que
as outras três subespécies são dos
agapornis mais fáceis de criar, porque
é
que esta é tão dificil? Têm aparecido esporadicamente alguns A.
pullariamas devido às dificuldades inerentes da
criação
desta pequena e maravilhosa ave em
cativeiro, o sucesso tem-se
revelado
esporádico. Impossível de encontrar em
avicultura é A. swindernania sp.
Neste artigo só serão abordados os
aspectos relacionados com a
manutenção
e reprodução em cativeiro de
A.roseicollis e de A.
personatus, nas
subespécies Fischer e Personata, os outros são abordados noutro artigo deste
site.
Compra das aves
Na maioria das vezes a compra
do
primeiro Inseparável (outro dos nomes
atribuidos a este género) é por
impulso, devido ao seu
baixo
preço
e as suas muitas cores atraem a atenção. A sua
personalidade alegre e o
seu pequeno
tamanho possibilitam aos moradores de
apartamentos terem em casa um casal de
pequenos
papagaios que
podem não falar,
mas tambem não fazem tanto
barulho como os seus
primos maiores.
Como é obvio, o vendedor facilita
a venda ao
assegurar que o
par de aves que está a vender são um
casal,
ora em aves jovens, e mesmo nas
adultas, é muito dificil distinguir o sexo nestas
aves assim ao comprarem par de Agapornis é
sempre necessario confirmar com o
vendedor que,
no
caso
de afinal o casal que ele
está a vender se revelarem duas fêmeas ou dois machos ele
procederà a uma troca, e
com
um pouco de sorte, à segunda já ficará na posse de um
casal.
No entanto, este
sistema de trocas e baldrocas tem
como incoveniente que até
se acertar o casal e aparecer a primeira cria
podem passar meses para
não dizer anos, por
mais que
se
queira á sempre complicações inevitáveis como por
exemplo, fugas, mortes, e aquela
situação menos trágica, mas mais aborecida, das aves que às
vezes não parecem saber se são machos ou femeas,
e se elas não sabem nós muito menos. Portanto o meu
conselho é não troque
compre, se ainda não comprou o seu
primeiro
par, e tiver o espaço
para ter mais que um
casal, compre pelo menos 4
aves, assim quase de certeza que fica com pelo menos um
casal, se já comprou e teve azar, pense assim; tem
neste momento duas aves do mesmo sexo, adultas
e das quais sabe o sexo, se trocar uma
delas corre o risco de
trocar um adulto por uma cria
(tempo
perdido) e, ainda por cima,
fica com uma ave da qual não sabe o sexo em
troca
de uma da qual o sexo é conhecido, se em
vez de trocar, comprar fica
com
quatro
ou mais aves das quais pode tirar
um casal e com as crias deste casal acertar os outros.
Uma vez com as aves em casa à que
pensar onde pô-las, normalmente o erro do
criador inexperiente é tentar por as suas
aves num espaço que
não é à prova de
Agapornis, com
efeito
estes são verdadeiros mestres
de fugas e escapam facilmente de gaiolas normais de canários,
uma vez
que são capazes de abrir as portas de
mola
das gaiolas comerciais, e mesmo
sair pelas aberturas para os comedores, o
segundo erro é misturar os
Agapornis com outras
espécies de aves em viveiros, embora estes
possam ser mantidos
juntos em viveiros,
mantidos com outras especies de psitacideoes de
tamanho
igual
ou mais pequeno, assim
como espécies de Passeriformes
como os canários ou os
mandarins, o desastre
é certo
pode demorar, mas é
inevitável. Apesar de não aconselhável isto nem
sempre é verdade e num caso de um amigo meu,
estrilidideos e roseicollis coabitam num
mesmo
viveiro ao qual os estrilideos têm
acesso
e de
onde entram e saiem livremente para o seu
proprio viveiro.
Aqui se vê
que não existem regras fixas, mas estas
situações são pontuais e requerem
algum cuidado e atenção, não sendo, de
todo, recomendáveis a quem se
inicia com estas aves.
Devido à sua natureza agressiva é
necessário
por isso ter alguns cuidados na
escolha dos alojamentos, eu
recomendo, portanto, uma gaiola
individual com um minimo de
70*30*30cm ,
ou para mais de um casal uma
gaiola de 100*40*40cm.
Próximo problema, as aves ja estão na sua
nova
casa e devem estar com fome, felizmente já existem comidas
adequadas no
mercado Português, não me vou alongar em
relação
a isto, vou só sugerir que usem
rações com um máximo de 15% de
girassol, matenham o
bebedouro o mais limpo possível,
usem uma papa de criação na altura da criação, mas
também na muda e como estimulo à
criação.
Em relação aquele mar
de rosas que é a
reprodução de Agapornis há
alguns espinhos óbvios e outros menos
óbvios, os modelos de ninhos podem ser
vários e a sua colocação na
gaiola pode variar muito, embora
ambos os factores
tenham influencia na percentagem de crias que vão ser
"safas", a verdade é que basicamente eles
vão
criar na maior parte dos modelos de
ninhos e desde
que os ninhos não estejam
no
fundo
da gaiola eles vão
aceitá-los e criar neles. O
próximo espinho, é se nós
tivermos um casal verdadeiro
que não se
aceite, ao
contrário do
que alguns pensam podemos ter
dois
agapornis que
embora sejam de sexos
diferentes não se aceitem. Se um casal não se catar
e não
se alimentarem mutuamente, temos um problema,
este casal nunca vai ser um bom casal a criar, se chegar a criar
! Como devem saber, ou talvez
não, os Agapornis
são
dos poucos papagaios que
constróem um ninho por isso
tem que se fornecer material para
ninho. O material pode ser
ramos
de pinheiro
com agulhas verdes, canas, e folha de
palmeira por exemplo. No caso do
A. roseicollissó as
femeas levam material para o
ninho
e esse comportamento pode ser
usado
para distinguir o sexo das aves,
ela coloca as agulhas de pinheiro entre as
penas do
rabo, como este metodo não é
eficiente tem que se ajudar
algumas fêmeas colocando algum material no ninho, ja os
Personatas e Fischers são
verdadeiros artistas na construção, o
ninho
é construido muito
eficientemente e é muito e mais elaborado que o do Roseicollis.
Geralmente as femeas começam a pôr em Setembro e podem fazer
entre 3 a 4 posturas até Julho
altura em que começa a
muda, poêm entre 4 a 6 ovos, se
puserem mais podem ocorrer complicações
várias sendo
por isso aconselhavel não
deixar que elas choquem mais
de 6
ovos fecundados.
Quando
é a primeira postura de uma femea é preciso
cuidado porque
pode haver dificuldades a pôr os ovos e tambem
na construção do ninho, por outro lado
quando as crias nascem, muitas vezes as
fêmeas inexperientes não alimentam as crias, geralmente na
segunda postura o problema resolve-se e a
fêmea dá de comer as crias.
Outro problema frequente é
as crias não nascerem , uma vez que as
causas são várias e complexas,
serão
abordados num artigo
futuro. A incubação dura
cerca de 21 dias e as crias abandonam o ninho com
perto
de 1mês de idade. Algumas vezes aparecem fêmeas que
depenam as crias, se não for possivel resolver o problema
alterando
a dieta ou fornecendo
mais material para o
ninho, é melhor
vender
ou trocar a femea e colocar outra
fêmea com o macho, se
houver interese em fazer uma
criação
selectiva as crias devem ser anilhadas com anilhas oficiais,
quando
as crias saem do ninho , e se se tratar de uma colonia
devem ser vigiadas para evitar agressões
de
outros casais, as crias podem ser separadas
assim que começam a
comer, mas podem ficar
com os pais até as crias da
ninhada seguinte estarem para nascer, quando forem
separadas devem ser postas
junto
com aves da sua idade e nunca com aves
adultas. Dentro de uma ninhada os
maiores serão
geralmente fêmeas e os mais pequenos
machos. A partir dos 5
anos
a produtividade de um casal começa a
diminuir e é melhor substitui-lo por um casal
novo, no entanto os casais
podem
criar pelo
menos ate aos 8
anos
de idade.
recantodasaves2012@hotmail.com
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